Programa de renegociação de dívidas já contou com a participação de 11 milhões de pessoas e cerca de R$ 30 bilhões liquidados.
O governo federal pretende estender o programa Desenrola, por mais três meses, uma vez que o programa de renegociação de dívidas acaba no final do ano. A intenção é que a iniciativa se torne permanente, mas sem o apoio do fundo garantidor que está em vigor. A informação foi divulgada na última terça-feira (5), pelo secretário de Reformas Econômicas do Ministério da Fazenda, Marcos Barbosa Pinto.
De acordo com Barbosa, a prorrogação ocorrerá por meio de medida provisória (MP), que será enviada ao Congresso Nacional na próxima semana. No documento, há o fim da necessidade de que a pessoa tenha certificado prata ou ouro na plataforma Gov.BR para renegociar a dívida.
Durante coletiva de imprensa na terça, o secretário informou que quase 11 milhões de pessoas foram beneficiadas até o momento com o Desenrola, o que resulta em cerca de R$ 30 bilhões em dívidas renegociadas.
“Nosso desafio continua sendo passar mensagem para a população, já que o número de pessoas que não visitaram a plataforma é muito grande”, explicou Marcos Barbosa.
Até o momento, as negociações consumiram aproximadamente 10% dos R$ 8 bilhões do fundo garantido do Desenrola. Além disso, 98,6% dos municípios tiveram pelo menos uma pessoa que participou do programa.
Segundo os números divulgados pelo Ministério da Fazenda e pela B3, 9,7 milhões de pessoas foram atendidas na faixa 1 do programa, sendo 7 milhões com dívidas de até R$ 100 e 2,7 milhões com outras dívidas.
A faixa 1 engloba dívidas, financeiras ou não, de até R$ 5 mil que tenham sido tomadas por pessoas que ganham no máximo R$ 2.640 por mês ou que estão inscritas no Cadastro Único do governo federal.
Já na faixa 2, foram atendidas 1 milhão de pessoas. A faixa 2 do Desenrola teve início em julho e atende pessoas físicas com dívidas exclusivamente financeiras e renda bruta mensal entre R$ 2.640 e R$ 20 mil.
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