Números apontam desaceleração nas vendas, segundo economista.
O Índice de Confiança do Empresário do Comércio (ICEC) de Maceió registrou, em janeiro, 124,9 pontos. Esta foi a segunda queda mensal consecutiva, com o indicador alcançando o menor nível dos últimos sete meses.
Em comparação ao mês de dezembro, que registrou 131,4 pontos, a retração foi de 4,9%. O levantamento foi feito pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Alagoas (Fecomércio AL), em parceria com a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).
Segundo a pesquisa, apenas uma subcategoria teve uma variação anual positiva. Em doze meses, “Condições Atuais do Empresário” cresceu 7,8%.
De acordo com o assessor econômico da Fecomércio AL, Victor Hortencio, esse aumento registrado na subcategoria é reflexo do abrandamento das medidas relacionadas à pandemia de Covid-19, juntamente com a eficácia da vacinação entre 2021 e 2022.
Queda nas vendas
Por outro lado, na comparação mensal, os três subindicadores do ICEC apresentaram queda: “Condições Atuais do Empresário” (-2,1%), “Expectativa do Empresário” (-6,9%) e “Investimento do Empresário” (-5,6%).
Segundo o assessor, a variação negativa das subcategorias indica que o ano começou com um quadro de desaceleração nas vendas.
Do mesmo modo, os números apontam uma menor perspectiva para contratações, renovações de estoque e ampliações ou reformas de estabelecimentos comerciais, explica Hortencio.

O economista destaca que o cenário atual é um reflexo do contexto econômico de momento.
Em dezembro, a empregabilidade registrou queda, com saldo negativo de 3.911 postos de trabalho em Alagoas e 1.134 em Maceió. Hoje, apresenta um patamar elevado das taxas básicas de juros, mantida em 13,75% há mais de cinco meses.
Essas duas características acabam encarecendo o crédito e, consequentemente, o investimento. Esse contexto também pode ser visto a nível nacional, que vem apresentando tendência de retração no otimismo do empresariado assim como os resultados locais.
Contudo, Victor Hortencio avalia que, por Maceió ser uma capital turística, com alta temporada de janeiro a março, a atividade pode influenciar a curva do gráfico do índice positivamente nos resultados dos próximos meses.
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