Processo de desinflação da economia em fevereiro acontece mais lento do que o esperado.
Ainda que os investidores tivessem ressalvas, as expectativas eram de que a economia em fevereiro mantivesse uma estabilização. Isto pois, em janeiro, segundo os especialistas da SG Investimentos, o mercado pôde vivenciar um “pouso suave” para a economia global.
No entanto, projeções e índices do segundo mês de 2023 mostram que o cenário segue bastante volátil no mundo todo. A seguir, confira em detalhes a avaliação dos especialistas do mês de fevereiro na economia.
Números da economia em fevereiro
O Ibovespa (IBOV) fechou com uma queda de 5,92%, enquanto o Certificado de Depósito Interbancário (CDI), teve aumento de 0,92%. Já a poupança teve crescimento de apenas 0,71%.
Se tratando de inflação, o IPCA encerrou o mês com aumento de 0,76%. Em contraponto, o dólar cresceu 3,22% na economia em fevereiro.
O HASH11, fundo de índice listado na B3 que replica o Nasdaq Crypto Index (NCI) — índice que reflete globalmente o movimento do mercado de criptoativos —, obteve um aumento de 1,71%. O aumento parece simbólico, no entanto, o índice vinha de uma série de quedas abruptas.
Mercado financeiro internacional
A inflação é uma das principais responsáveis pela economia em fevereiro não ter alcançado os patamares esperados após arrefecimento de janeiro, de acordo com os especialistas. Acontece que os preços dos ativos globais afetados pelos juros tiveram um mês de baixas e ajustes.
Afinal, com o processo de desinflação mais lento nos Estados Unidos, como revelou o CPI (Índice de Preços ao Consumidor, na sigla em inglês), a necessidade de segurar as taxas de juros mais altas voltou a dominar o mercado financeiro.

Embora os especialistas sigam confiantes que a reabertura do mercado chinês poderá influenciar positivamente o preço do petróleo, o país não teve mudanças muito relevantes neste mês. O período foi de correções no mercado e reajuste das expectativas dos investidores.
Além disso, o cenário dos minérios de ferro entre 120 e 130 dólares é encarado com ceticismo. A persistência dos valores tende a impactar diretamente no mercado imobiliário que ainda se mostra fragilizado.
Mercado brasileiro
As novas decisões para a política monetária e fiscal do Brasil seguem determinantes para entender o que esperar da trajetória macroeconômica do país.
Os especialistas consideram como negativo o cenário de expansão dos gastos aliado à expectativa de queda de receitas para as primeiras projeções de 2023.
Isso deve-se, muito principalmente, pela incerteza das propostas fiscais do governo Lula, impactando os juros. A taxa permanece a mais elevada desde dezembro de 2016, em 13,75% ao ano. Uma análise do Banco Central, ainda prevê que, nesse ritmo, a inflação só chegará à meta prevista — 3% — no final de 2024.
Enquanto isso, altas taxas de juros, enfraquecimento do crédito e crescimento da inadimplência tendem a se manter em números históricos — especialmente considerando os dados da última década.
Apesar de tudo, o mercado de crédito se mantém resiliente, apostando na melhora do mercado de trabalho.
Mesmo assim, os especialistas apontam que o setor pode se deteriorar com as condições de concessão de crédito precarizadas e com o substancial aumento da inadimplência.
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